“Acessibilidade
e Inclusão”
#PraCegoVer
Exemplo de acessibilidade e inclusão em parques infantis: quando uma imagem
vale mais que mil palavras.
Falar de acessibilidade e inclusão
pode parecer, à primeira vista, um tema recorrente e bastante discutido em
nossa sociedade atual. Porém, quando paramos para refletir sobre o assunto, alguns
questionamentos nos vem à mente automaticamente: qual a melhor definição para
essas palavras? Qual a melhor maneira de colocá-las em prática?
De acordo com Marta Gil, no texto
“Acessibilidade, Inclusão e Desenho Universal: Tudo a ver”:
“Alcançar condições de acessibilidade
significa conseguir a equiparação de oportunidades em todas as esferas da vida.
Isso porque essas condições estão relacionadas ao AMBIENTE e não às
características da PESSOA. Falar sobre alcançar condições de acessibilidade
implica em falar de processo, que tem tempos e características diferentes em
cada lugar, que tem idas, vindas, momentos que parecem de estagnação - mas, na
verdade, são momentos em que novos conceitos, novas posturas e atitudes estão
germinando. [...]”
Nesse sentido, se estamos falando de
um processo de acessibilidade, estamos automaticamente pensando em uma atitude
que apresentará como consequência inclusão. Ações visando garantir o direito à
acessibilidade acabarão promovendo a abrangência, compreensão e integração entre
pessoas com e sem deficiência, exatamente o que define a palavra inclusão no
dicionário eletrônico infopédia.
Um ponto importante que permeia a
vida das pessoas com deficiência e é muitas vezes esquecido é o direito,
garantido por lei, à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer: o artigo 42 da
lei no 13.146, de 6 de julho de 2015, diz “A
pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas [...]”; a lei no 11.982, de 16 de julho de 2009, no artigo 4º,
diz: “Os parques de diversões, públicos e privados, devem adaptar, no
mínimo, 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e equipamento e identificá-lo
para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida, tanto quanto tecnicamente possível.”
No entanto, é
visível que isso não vem acontecendo, infelizmente. Se a lei fosse
rigorosamente cobrada e fiscalizada poderíamos promover a inclusão desde a
infância. Nos parques infantis é que ocorre a integração entre as crianças por
meio das brincadeiras , e, Denise de Ávila Moraes, em seu texto “A importância
do lúdico na educação especial”, define a importância da brincadeira:
“A brincadeira é a atividade
espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida
humana enquanto um todo da vida natural interna no homem e de todas as coisas.
Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o
mundo... A criança que brinca sempre, com determinação autoativa, preservando,
esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado,
capaz de auto sacrifício para a promoção do seu bem e de outros... Como sempre
indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de
profunda significação, (FROEBEL, 1992, ).” A importância do lúdico na educação
especial
Seria possível proporcionar
às nossas crianças, com e sem deficiência, a oportunidade de compartilharem o
mesmo espaço físico e construírem uma relação genuína e desinteressada de
convivência inclusiva que ambos levariam por toda vida, e influenciaria em sua
formação como adultos diferenciados podendo atuar na construção de um mundo
mais inclusivo.